2.6.12

4º Dia


“Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito”

Camões, Os Lusíadas, Canto III

“O MONSTRO”, Diogo Lopes de Pacheco, http://aviagemdosargonautas.blogs.sapo.pt/219046.html  é, para Dona Inês, o responsável por toda a sua má sorte, nesta história que a História registou.
Segundo ela, terá sido este quem idealizou todo um plano maquiavélico contra si, não pelo facto de ter sido amante de D. Pedro, mas sim, por ser uma Castro e poder fazer perigar a independência do reino de Portugal.
Terá acontecido como diz o povo “mais vale prevenir do que remediar?”
Não saberia Dona Inês que todas as nossas opções têm uma consequência e que somos responsáveis por elas, quando insistiu neste amor?
Qual será a razão que leva um homem a não aceitar a felicidade que persegue quando lha dão?
Por teimosia, por lhe ter sido imposto, ou apenas para contrariar o seu pai, o Rei de Portugal, como afirma Diogo Lopes de Pacheco!
Em dúvida fica também o seguinte: Terá Dom Pedro tomado consciência dos riscos que corria e fazia correr a sua amada, quando adotou estes comportamentos?