1.6.12

“Um grande amor nunca é espontâneo”


3º Dia
“Um grande amor nunca é espontâneo”

Agustina Bessa-Luís, Adivinhas de Pedro e Inês
Em 1986 Agustina Bessa-Luís (1922-) publicou as Adivinhas de Pedro e Inês;

Inês salienta a forte relação de amizade e confiança que mantem com as suas criadas, Remédios e Clara, a quem confia os filhos e refere-se também à história de amor que ambas vivem.
Confessa que aceita com mais facilidade o amor físico entre duas mulheres “… do que a penitência de uma vida que nega o prazer carnal por amor Divino”.
Tu és aquela que amo, nunca haverá outro amor assim…
É deste modo que inicia o relato da sua relação com D. Pedro e de todas as histórias de amores e desamores por eles já vividas e termina dizendo “… conhecer o amor de um homem como aquele que Deus me concedeu através de Pedro é uma sorte tão rara…
Remédios, aliás Jala, uma moura, conta em breves páginas toda a história da sua vida, desde as suas origens até se tornar confidente de D. Inês.
Termina fazendo um novo presságio sobre o futuro da ama “Pobre dama, a quem a vida já deu tudo, para agora tudo lhe tirar”.