17.5.12

A gaivota




As conclusões que chegaram passados cinco dias foram que o melhor seria ouvir os outros membros da colónia. Assim fizeram. Passaram a prestar atenção ao que viam e ouviam.
“Um outro pinguim sugeriu que se encontrasse um inecerg perfeito. Sem derretimentos, sem grutas expostas, sem fissuras, apenas maravilhosos….”
“… deslocar de alguma forma colónia em direção ao centro da Antartida, onde o gelo é mais espesso e resitente.”
“… sugeriu a criação de uma supercola à base de gordura de baleia assassina q que a utilizassem para colar “muito bem” o icebergue.” (Kotter,2011:54,55)
Bem o pinguim chefe reconheceu a necessidade de se fazer uma abordagem diferente…
“Talvez dessem fazer o que o Fred fez quando descobriu o nosso terrível problema. Andar por aí , de olhos e mentes abertos. Ser curioso.”
Por isso, certo dia, ao verem uma gaivota a voar, decidiram falar com ela e procurar saber mais sobre a forma como vivia. A gaivota explicou-lhes sobre a vida nómada do seu clã, e desta conversa, surgiram ideias. Alice logo imaginou como poderiam viver: aprenderiam a mudar-se de um local para o outro!
No dia seguinte, convocaram a a colónia para uma reunião e transmitiram-lhes a solução que tinham encontrado. Iriam conseguir encontrar outro lugar mais seguro para viverem, e mudaria as vezes que fossem necessárias. Para isso, seriam necessários voluntários que trabalhassem como observadores, na procura de locais que tivessem as condições para estabelecer a colónia.
Para que o que fora dito naquela manhã não fosse esquecido, desenvolveram estratégias de comunicação. Assim, para cada dia da semana foi inventado um novo slogan sobre a necessidade da mudança, que por sua vez era impresso em cartazes de gelo, e colocado em locais estratégicos. A mensagem estava a conseguir passar, e muitos se ofereceram como voluntários. No entanto, surgiram alguns obstáculos. Nono tornou-se num “profeta da desgraça”, influenciado negativamente alguns. Também, alguns pinguins mais novos começaram a ter pesadelos, causados pelas histórias de terror contadas pela professora do jardim-escola.