4.6.12

(catorze anos)


Aos catorze anos, os sonetos de Florbela Espanca deram-lhe impulso para escrever…
Aos catorze anos, todos vivemos o primeiro amor, o primeiro beijo, a rebeldia, temos o mundo inteiro à nossa frente, mas no entanto todos os vivem de forma diferente …
-TENS RAZÃO. EU TIVE CATORZE ANOS, mas não tive os teus catorze. Tive os meus. As dúvidas eram diferentes e, quando é assim, as certezas também variam. (…) Afinal o mundo é um único, não Achas? – Talvez . – Tens razão. Há tanos mundos quantas maneiras de o olhar e, por consequência, de o entender. Isso é muito evidente quando regresso ao meu quarto de infância e adolescência, aquele onde, com catorze anos, me deitava a pensar, a imaginar. Hoje, se me deito nessa cama, não tenho o mesmo tempo.»
Quando penso que a minha filha também vai ter catorze anos, quero que ela acredite que tudo é possível…
Impossível é não viver, do qual cito: «Se te quiserem convencer de que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. (…) Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos. (…) Nunca duvidamos de que somos maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.»