30.4.12

O meu primeiro contacto....


Aveiro 19 de dezembro de 2011, 18:29H, Livraria Bertrand (Fórum Aveiro).
Entrámos os dois ao mesmo tempo na livraria, José Luís Peixoto chega tranquilo, com as mãos nos bolsos e com o seu jeito meio tímido, sorriso terno e um punhado de histórias para contar.
Começou por referir que este livro nasceu das colaborações que fez ao longo destes anos na imprensa. Viu os textos a crescer e sempre teve a ideia de que um dia haveria de os organizar de alguma forma – “os que continuavam a merecer ser lidos”. Achou que agora era o momento, já tinha uma quantidade muito boa de textos e que podia fazer uma escolha. Dentro das diversas naturezas que existem neste livro, o que fazia para ele mais sentido era fazer uma organização que acompanhasse a narrativa memorial que estes textos que têm como eixo a sua história pessoal (que vai desde a sua primeira memória, com quatro anos, até a coisas que aconteceram atualmente) os seus filhos de 6 e de 14 anos e ele próprio de 36 anos - estas idades acabam por ser muito importantes e ajudaram-no a levantar a grande tenda que é a sua vida.
Resumindo, ao contrário do que se possa pensar e de que eu própria pensava, “Abraço” não é um livro de crónicas. “Abraço”, junta textos dispersos e oferece-lhes uma narrativa. Os textos são ligados por um fio condutor que é o da sua própria vida. Dez anos de escrita que se pretende útil: entre ficção e realidade – “as palavras devem fazer bem as quem as lê, porque chegam para lá do que é visível”.
O livro assenta muito nos conceitos ‘família', ‘paternidade', ‘amor' e ‘morte'...